domingo, 6 de junho de 2010

Previsível

 No momento estou lendo, sempre que possível, umas das muitas biografias de Simone de Beauvoir, mais exatamente Tête-à-Tête, cuja autora é Hazel Rowley. Acho que vou demorar algumas semanas para completar a leitura, pois ando sem tempo. 
 Mas o que eu quero mesmo é gritar e dar uns tabefes em mim, por um dia ter pensado que o Castor era realmente livre no seu amor, ou melhor pacto com Sartre.  
 Folheando revistas pseudofemininas, encontrei reportagens e fui absorvendo algumas palavras que descreviam Mademoiselle de Beauvoir, tais como : independente, forte, segura, inteligente e por aí iam, só que ao ler algumas páginas do livro do qual mencionei encontrei a Simone, simples Simone, humana, que amava e sentia ciúmes, que chorava longe de seu objeto de possessão, isso me emputeceu! Para uma feminista ela me decepcionou, até deu pena dela esperando tanto de Sartre, que no fim das contas me despertou interesse ...
 Claro, que nunca vou apagar a primeira impressão que tive dela, uma mulher que ousou ser diferente e fez diferente, mas mesmo assim foi uma mulher que no seu interior era estereotipada.